domingo, 31 de maio de 2009

APRESENTAÇÃO BENEFICIENTE


Dia sete de junho faremos uma apresentação beneficiente para Liga Feminina de Combate ao Câncer de Novo Hamburgo.


onde?
SALÃO DE ATOS DO PIO XII (Av. Nicolau Becker, 182 – Centro – NH
quando?
APRESENTAÇÃO ÚNICA, DIA 07 DE JUNHO, DOMINGO, 16H00
quanto? =
ANTECIPADOS = 10 REAIS (lojas Super Legal)
NA BILHETERIA = 12 REAIS

MAIS INFORMAÇÕES:
depositodeteatro@pop.com.br ou 8531.5230
http://www.depositodeteatro.com.br/

sexta-feira, 29 de maio de 2009

1ª PROMOÇÃO!



O PRIMEIRO A RESPONDER A PERGUNTA GANHA UM LIVRO DA LIVRARIA BAMBOLETRAS!

- DIGA O NOME DE UM TIME DE FUTEBOL QUE USA AS CORES VERMELHO E AZUL NO SEU UNIFORME.
RESPONDA ATRAVÉS DE UM E-MAIL PARA depositodeteatro@pop.com.br

terça-feira, 12 de maio de 2009

A SEGUNDA CRÍTICA A GENTE TAMBÉM NUNCA ESQUECE!


Há o que há

Há pessoas e pessoas.Há quem sinta o cheiro de gordura entrar pela janela, vindo de dois andares abaixo. Há quem ouça a entrada da novela com a televisão desligada por causa do vizinho do prédio ao lado. Tem gente que prefere Miami a Machu Picchu, e lazanha a pizza. Tem gente que sempre acha o Wally. Que esquece do cantor, mas nunca da melodia. Que odeia chimarrão. Que fica horas sem ir ao banheiro. Tem gente que nunca esquece do meu nome e pessoas que gravam o meu rosto, mas me chamam de Ricardo. E aqueles que são fascinados por uma boa história, como eu.“O que seria do vermelho se não fosse o azul”, nova produção do Depósito de Teatro, dura quase uma hora, mas só nos últimos vinte minutos sentimos que há uma história sendo contada. Até aí seis atores lamentam a ausência de um sétimo que faria o protagonista numa peça teatral que será ou não apresentada sem ele. Os seis se dividem em dois grupos e quarenta minutos são preenchidos com idas e vindas, piruetas e paradas, diálogos, imagens, músicas e silêncios sem que haja uma diegese que leve isso tudo para algum lugar.Fiz comigo mesmo um desafio: quanto tempo isso vai durar na minha mente?9 dias depois...Lucas Sampaio era chamado de Lucas, Juliano Canal de Juliano, Elisa Heidrich de Elisa e, assim, Francine Kliemann, Luiza Pezzi e Fabiano Silveira. Os figurinos eram composições geométricas com variações das cores branco, preto, vermelho e azul. O cenário era limpo, mas com o uso, através de painel, das mesmas cores. Ficou na minha cabeça também várias canções e marcações limpas, direções bem claras, gestos precisos. Uma das pequenas incursões no campo da narrativa está um “teatro de bonecos” em que uma Bota, uma Vassoura e um Balde conversam num diálogo extremamente rico e interessante, apesar de eu não me lembrar exatamente que diálogo era esse.Também há uma cena com um vendedor de fitas e outras com personagens bastantes diferentes uns dos outros numa tentativa dos seis atores-personagens construirem juntos uma peça que substitua a que haveria caso o sétimo ator-personagem não tivesse faltado. A mensagem primeira diz respeito ao valor do trabalho em equipe, à importância de abdicar de certas preferências pessoais para o bem comum, sem que haja prejuízo à individualidade.Nos últimos minutos, os seis atores sem direção conseguem se unir e viabilizar para o seu público, nós, um espetáculo (dentro do espetáculo dirigido por Roberto Oliveira) em que há a busca da tão falada “cor de colorido”, um misto de várias cores que expressa a diversidade, tema já tão muitas vezes batido em dezenas de fábulas infantis.Mas não posso dizer que ficou só isso após esses nove dias. Várias vezes, durante a peça, e não me esqueço disso, me peguei olhando um outro, um terceiro espetáculo: a assistência do público infantil presente no Teatro Renascença. Crianças de várias idades completamente dentro do que os atores propunham, vibrando com o que viam, batendo palmas, participando, fruindo. Com eles, a partir das exteriozações deles, nós adultos sabichões que achamos que entendemos as crianças e podemos dizer pra elas o que é legal e o que não é, éramos convidados a rir também, a curtir a ausência de uma motivação narrativa forte acompanhada do excesso de imagens e movimentos tão cativantes. Roberto Oliveira e seu elenco e equipe técnica, afinados, unânimes, não deixam uma única intenção fora do lugar, mesmo que esse lugar não seja um drama. Tudo é organizado, eficiente e, acho que as crianças daquele dia concordariam comigo, divertido.O lugar do vermelho e do azul é, quem sabe, o próprio colorido e não o arco-íris. Esse sim precisa de início e de fim, de sol e de chuva e também de pote de ouro para oferecer quem o trilhou sempre. O colorido só precisa existir no olhar de quem vive, por exemplo, o teatro, seja de que idade você for.Há cores e cores... Ainda bem!
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Elenco:
Elisa HeidrichFabiano SilveiraFrancine KliemannJuliano CanalLucas SampaioLuiza Sperb
Ficha Técnica:
Cenário: Modesto Fortuna e Rudinei Morales
Figurinos: Ana Fuchs e Ig Borghese
Direção Musical: Roberto Chedid
Bonecos: Guilherme Luchsinger
Adereços: Francisco de los Santos
Músicas: Roberto Chedid
Letras: Roberto Oliveira
Projeto Gráfico Lucas Sampaio e Yheuriet Kalil
Divulgação: Luísa Barros
Produção: Depósito de Teatro
Texto e Direção: Roberto Oliveira

postado por Rodrigo Monteiro no seu blog http://www.teatropoa.blogspot.com/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

2ª TEMPORADA!


Devido ao grande sucesso da 1ª temporada, "O QUE SERIA DO VERMELHO SE NÃO FOSSE O AZUL" volta em cartaz:



de 13 de junho a 3 de julho

no Teatro do SESC - Av. Aberto Bins, 665
sábados e domingos às 16h

domingo, 3 de maio de 2009

A PRIMEIRA CRÍTICA A GENTE NUNCA ESQUECE


A COR-DE-COLORIDO COMO SÍNTESE DE CIDADANIA

Antônio Hohlfeldt

O diretor Roberto Oliveira já assinou muitos espetáculos infantis, sempre evidenciando criatividade e modernidade, elementos fundamentais para prender a atenção da criança contemporânea. Agora, ele responde por O que seria do vermelho se não fosse o azul, peça de sua própria autoria, que ele também dirige. Na verdade, trata-se de dois textos: o primeiro é uma espécie de roteiro em que atores discutem sobre seu trabalho e procuram fazer uma equipe. A plateia acompanha, com curiosidade, o que acontece em cena. São cenas fragmentárias, que não levam à constituição de um enredo, propriamente dito, porque desenvolvem apenas uma situação. Num segundo momento, os atores chegam a um consenso e resolvem encenar uma história. O espetáculo engata e a gente aumenta a atenção sobre a cena.
Teatro infantil, hoje em dia, é coisa difícil. Não basta ter um bom enredo, há que ter capacidade de inovar, sugerir coisas novas à criança, mostrar-lhes situações inusitadas. Nesta perspectiva, o espetáculo anda bem, mas naquela primeira parte, como disse, carece de maior unidade. No segundo momento, sem abrir mão de nada, explorando inclusive poucos objetos e adereços e um espaço cênico vazio, o trabalho mostra uma unidade muito maior e, por isso, é mais inteligível.
Para que isso ocorra positivamente, foi importante a cenarização de Modesto Fortuna e Rudinei Morales (especialmente aquele pano todo colorido), assim como os figurinos - brilhantes - de Ana Fuchs e Ig Borghese, que se inspiram no próprio título do trabalho e assim misturam, eficientemente, o azul com o vermelho (mais o branco e o preto), com excelentes efeitos. Os bonecos de Guilherme Luchsinger, grandes e coloridos, cumprem à risca sua função, num certo momento do trabalho, assim como as composições musicais de Roberto Chedid (músicas) e Roberto Oliveira (letras), com direção musical de Roberto Chedid, são comunicativas e fáceis de se guardar na memória.
O jovem elenco é muito equilibrado e cumpre rigidamente a linha de direção. Elisa Heidrich, Fabiano Silveira, Francine Kliemann, Juliano Canal, Lucas Sampaio e Luiza Pezzi compõem um grupo bem afinado e articulado, que garante o ritmo do trabalho e a comunicabilidade geral do espetáculo, que é leve e movimentado, mesmo na sua primeira parte, menos articulada dramaticamente, como registrei. O resultado final, assim, é um trabalho divertido, comprometido com a valorização da criatividade e da imaginação, que apresenta boa comunicabilidade com o público, embora não seja, por certo, dos momentos mais significativos da já agora longa trajetória do diretor Roberto Oliveira. De qualquer modo, o resultado se coloca sempre num patamar acima de boa parte das produções a que assistimos rotineiramente na cidade e, portanto, merece atenção da parte dos pais, quando tenham de escolher onde levar seus filhos. Com uma vantagem: pela sua dupla perspectiva, acaba agradando à gurizada de pequena idade, por seu colorido, e aos mais velhos, pelos temas que aborda.
É importante que, sem apresentar qualquer tonalidade explicitamente pedagógica, o espetáculo discuta alguns temas fundamentais, sobretudo a tolerância com o outro e a aceitação necessária das diferenças étnicas e culturais. Num momento em que tanto se discutem tais questões, é significativo que, indiretamente, as crianças sejam levadas a refletir a respeito do assunto.